quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O Mercado Brasileiro de Skate Longboard Precisa Melhorar!

Uma das grandes diferenças entre o mercado Brasileiro e o Americano está no abismo do preço das peças que chegam ao consumidor final. Por aqui nós pagamos caro, muito caro! Esta é a verdade que impossibilita um maior crescimento do Longboard no Brasil. É por isso que não vemos aqui marcas "gringas" realizando e patrocinando eventos com maior periodicidade como acontece na America do Norte e Europa. Por lá o mercado existe, é forte e fornece os resultados capazes de fomentar toda a rede. 

Não é pecado querermos os melhores produtos, afinal são eles que vão nos ajudar a evoluir mais rapidamente dentro do estilo de Longboard que decidimos praticar. Não é pecado criticarmos as marcas nacionais, pecado é segurarmos a bandeira do bairrismo e elogiar um produto que não nos satisfaz pelo simples fato de ser produzido por aqui. Temos que ser criteriosos e críticos com todas as marcas, independente de sua nacionalidade, é assim que elas vão crescer e melhorar para atender as nossas necessidades.

Sobre o atendimento principalmente nas lojas físicas, que decepção! Minha experiência até o momento é péssima, vendedores sem informação, sem conhecimento básico sobre as marcas e produtos que vendem e ainda vendem um Longboard sem primeiro entender a necessidade do cliente. Até hoje eu entrei somente em uma loja que demonstrou conhecimento sobre o produto, é muito pouco! Este é um ponto que deve ser trabalhado pela indústria e o comércio varejista em conjunto. Pela minha experiência de trabalho digo que conhecimento não só gera venda como gera um cliente que teve seu desejo atendido, o principal objetivo de uma loja é passar informação, o conhecimento, entender necessidades, a venda é mera consequência de um trabalho bem feito.  

Alguns desbravadores mostram que o mercado brasileiro tem competência para criar produtos de qualidade, algumas que conhecemos sinalizam para o mercado que isso é possível, a Bossa Boards ( que já falamos muito aqui), Colina Boards (que está no inicio de sua caminhada), New Olders (Capacetes), Siebert (Longboards Clássicos de acabamento impecável e de muito bom gosto) e etc. 

É muito triste ver um país com tanto potencial para o crescimento deste esporte esbarrar nas barreiras altas de taxa de importação e tantos impostos domésticos. É desesperador ver tantos atletas com potencial mendigarem patrocínio para ter acesso a um bom setup. Foi revoltante saber que um atleta teve retido na alfandega seu material enviado pelo seu patrocinador americano, e ser obrigado pagar para ter direito de receber o que foi lhe enviado sem custo.

Temos que trabalhar, e através das associações como a CBSK - http://www.cbsk.com.br - sugerir uma pressão junto aos órgãos governamentais competentes. Porque como diz a CBSK em seu próprio site sobre o Longboard Downhill: "Atualmente é uma das modalidades que mais cresce no mundo, sendo que existem muitos competidores profissionais brasileiros disputando o Circuito Mundial da IGSA (International Gravity Sports Association)." - http://www.cbsk.com.br/pags/downhill_speed.htm.

Nossa comunidade é grande, e segundo o Instituto Datafolha estimou o número de skatistas como sendo de pouco mais de 3,8 milhões em 2010. Além disso, a pesquisa informava que cerca de 6% dos lares brasileiros tinham pelo menos um skatista entre seus membros. Com o crescente interesse em modalidades de nicho acessíveis a pessoas de várias idades e ambos os sexos, como longboards e cruiser boards, pode-se afirmar sem susto que nós somos 4 milhões de praticantes de skate em nosso país.

Provavelmente essa conversa que estou expondo aqui vem de muito tempo, com certeza pessoas e organizações já devem ter discutido e tentado algo em prol de uma melhor condição que envolve todo o mercado do Skate, mas isso não nós impede de questionar e falar mais uma vez sobre todos estes motivos que nos desagradam profundamente. 

Estamos na briga, entramos na pista! EuAmoLongboard.