sábado, 19 de setembro de 2009

"Cara, eu tenho a maior vontade!"

Todo skater deve passar por isso, mas vamos ao causo.
Acabei de chegar de um churrasco, e como não bebo muito, e hoje nem bebi, termino virando um vórtice de bebum. Acho engraçado pacas, principalmente no "churrasco mode", que é sempre um clima legal.

Bem, hoje, bastou um da roda de conversa perguntar se eu ainda ando de skate (se me conhecesse melhor, saberia que é uma pergunta meio boba), e todo mundo que tava perto se apressou em dizer que ou já teve skate quando criança, ou tem a maior vontade de aprender.

No caminho prá casa, fiquei pensando qual é a dificuldade em simplesmente arrumar um skate (emprestado mesmo), e ir dar um rolé. Foi assim que eu comecei, e foi assim que eu recomecei. Não é fácil, machuca e quando o peito começa a arder por falta de ar, é mais fácil largar. Vida sendentária tem alguns atrativos iniciais.

Não, não sou eu, mas ainda chego lá.

O skate me proporciona primordiamente, um momento ludico. Um momento em que eu coloco o headphone, e ali é o cara, uma tábua, 4 rodinhas, e asfalto. Tem sombras no seu campo de visão, mas ão apenas silhuetas. Manchas. Eu fico novo em folha quando chego em casa das sessions. Sim, as pernas estão bambas, vc ainda tá meio tonto, suando em bicas, mas você fica novo.

Sua cabeça, tão usada durante o dia, esvazia. Pronto, você esvazia a lixeira da sua mente. É bem isso mesmo. Se mais gente tivesse essa mesma idéia, de ter o skate como ferramenta de relaxamento, eu ia começar a ficar preocupado com falta de asfalto para todos... porém, é difícil largar o sofá.

Bem, o fim da conversa no churrasco, é que eu nem precisei falar nada, pois tinhamos tantos "ex-riders" na conversa, que minha opinião não foi necessária.

Eu ria, e pedia, "Gopal (o garçom), traz mais uma prá galera".