sexta-feira, 17 de maio de 2013

O skate ainda me emociona

O skate ainda me emociona e não é pelos títulos conquistados, medalhas exibidas no peito ou premiações internacionais. Não é quando vejo atletas que admiro realizando aquela manobra impossível que eu nunca conseguiria.

Ainda me emociono porque vejo o skate transformando o olhar de pessoas, trazendo o sorriso de volta, aflorando um sentimento guardado que precisava ser revisitado. Sinto a força que o skate tem em conseguir transformar um dia ruim em um dia espetacular.

Hoje conheci mais uma história, simples quando falamos do seu contexto, mas fantástico quando vemos os sentimentos que foram expostos assim como uma ferida aberta, só que sem dor.

Parabéns ao Alex e todos do Coletivo Guanabara por registrarem isso!

"Eu fui abordado por um homem que perguntava de quem era o skate próximo a mim. Assim que lhe informei que era meu, ele me pediu timidamente: "rapaz, posso matar a minha vontade?"

Em poucos minutos vi um homem de 52 anos voltar ao passado, resgatar momentos de sua adolescência e se tornar uma criança novamente. Uma experiência única para mim e para as pessoas presentes.

Skate primitivo, puro, simples, primordial. Me senti assistindo um daqueles pioneiros vídeos dos anos 70 onde tudo o que importava era a diversão.

Jorge estava há 34 anos sem andar de skate, mas tudo estava ali, o corpo tem memória, o corpo é memória.

Manobras? Quem se importa com elas? Estilo é tudo. E não sai da pele com água e sabão."
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Skate still excites me and it is not by titles won, medals displayed on the chest or international awards. Is not when I see athletes who I admire performing impossible maneuvers that I never could.

Still get emotional because I see the skateboard changing people, bringing the smile back, emerging a sense that needed to be saved and revisited. Turn a bad day into a spectacular day.

Today I met another story, simple when we talk about context, but fantastic when you see the feelings that were exposed like an open wound, but without pain.

Congratulations to Alex and all Collective Guanabara for it!

"I was approached by a man who asked me who owned the skate beside me. So I informed him that it was mine, he asked me shyly: "boy, I can try?"

In a few minutes I saw a man of 52 years back into the past, rescuing moments of his teenage years and become a child again. A unique experience for me and the people present.

Skate primitive, pure, simple, primal. Felt watching videos of those pioneers of the 70s where all that mattered was the fun.

George was 34 years without riding a skateboard, but everything was there, the body has memory, the body's memory.

Maneuvers? Who cares about them? Style is everything. And do not leaves the skin with soap and water."