sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

[Coluna] Meninas do Skate - Longboard Girls

Este post é dedicado para todas as meninas que fizeram e fazem parte da construção da cena do skate feminino.

Não é de hoje que o skate e as mulheres andam juntos. Em algumas épocas esta dupla era vista com restrições e um certo preconceito. Durante ás décadas de 80 e 90 era raro ver uma garota sobre um skate. O tempo passou e hoje mulheres com seus skates e longboards fazem parte da paisagem de qualquer grande cidade. 

Voltando no tempo e na história vamos a alguns fatos importantes que construíram a saga feminina no skate. Em 1965, Patti McGee foi a primeira mulher campeã de skate profissional nos Estados Unidos e ilustrou as capas das revistas Life e Skateboarder Magazine. Em 2010 Patti MacGee foi a primeira mulher a entrar para o “Skateboard Hall of Fame” da “International Association of Skateboard Companies” (IASC).




As décadas de 70 e 80 foram marcadas por muitas competições, mudanças de estilo e de novos produtos. A TV começa a demonstrar mais interesse pela agressividade das manobras que surgiam nos bowls e piscinas, adequando as competições para os homens. Gradativamente durante o início da década de 80 as mulheres foram perdendo espaço e o skate foi se tornando um território masculino.


Rara Propaganda das garotas da equipe Powell Peralta. Vale lembrar que nos anos 80s o mundo do skatebord era quase 100% masculino, eram raras as garotas andando. Na foto as garotas street style, as skaters Leaf Treinem e Anita Tessesohn. Propaganda feita na revista Thrasher Mag, edição de Maio de 1987.

Nota: Leaf Treinem hoje é uma famosa corredora de maratona Cross Country, já Anita sumiu no mundo.

Em 1996 foi criada a ALL GIRL SKATE JAM (liga de skate exclusivamente feminina, e que foi o estopim de várias outras ligas com a mesma configuração), clínicas de skate unissex foram criadas, até que em 2003 as mulheres foram finalmente incluídas nas competições do X-Games.



Capas de revista de skate sempre foram masculinas, mas pela primeira vez uma revista de grande circulação (Mundial) especializada em skate colocou uma foto de garota na capa – A protagonista foi Carabeth Burnside que saiu na edição da Thrasher de agosto de 1989. Carabeth foi fotografada por Dan Cavalheiro. 

Hoje é impossível não ver a horda de meninas e mulheres rolando por nossas ruas, calçadões e ladeiras, o que ainda causa estranheza aos desavisados que não acompanharam a evolução do skate. Porém nada que afete a confiança ou intimide este crescimento. 

Um dos papeis mais importantes das meninas, na nossa opinião, é acabar com o estereotipo assumido pelo próprio skater, o lado negro, arruaceiro e do causador de problemas está ficando para trás. Os benefícios são muitos e um deles é a reconstrução de uma cena eclética cercada por mais harmonia e respeito pelas diferenças. 

Elas estão aqui para ficar, acostumem-se! 

Temos que destacar as LongboardGirlsCrew, que obtiveram grande impacto na cena do Longboard Feminino lançando vídeos e campanhas que influenciaram milhares de mulheres ao redor do mundo. Elas sem dúvida são a principal influência do skate feminino da última década. 


Em termos de Brasil destacamos alguns nomes que levam e elevam o Longboard: Christ Aleixo, Tamis Guerra, Jéssica Souza, Jeovana Vazzoler, Georgia Bontorin, Ana Maria Suzano, Cris Punk, Raiza Sartori, Taylane Almeida, Annely Junemann, Franciele Cardoso, Isabela Barros, Carolina MunizReine Oliveira, Isabela Nunes, Marília Barroco, Vina Choie muito mais!... Se você ainda não conhece essas meninas, Google nelas!!! 

Para conhecer um pouco mais das meninas do Longboard no Brasil, o Canal Off apresenta um programa chamado Curvas e Ladeiras composto apenas por meninas de destaque na cena. Vale conferir.

Um Grande Beijo para todas as meninas! Go Longboarding Girls!!!!