O tempo passa, a areia cai lentamente enchendo a parte de baixo da ampulheta. É um sinal que nosso corpo envelhece e nossa mente amadurece. E assim seguimos diferentes de ontem.
Venho me perguntando em que o Longboard está se transformando? Hoje o Longboard é Pop? No meu ponto de vista sim. Por um lado, o ponto positivo é o retorno que a visibilidade gera, por outro, é a desvalorização de sua essência e a distorção dos seus princípios.
É nesta balança que direciono meus olhos no momento, porque a linha entre castelos e ruínas ainda é tênue e por isso preocupante.
Acredito que todo esporte passa por transformações no decorrer de sua vida, e com os anos acabam se distanciando de suas raízes principais. Com o Longboard não está sendo diferente.
Alguns arriscam as primeiras pedaladas e entram na “moda”, outros são agarrados pelo coração, apaixona-se, se casam e “que até a morte os separe”.
Vejo um choque de interesses entre estas duas gerações tão dispares, percebo a crescente propagação de atitudes negativas, como falta de respeito com os lugares e com as pessoas, sinto a agressividade tomando o lugar cativo dos sorrisos e brincadeiras.
No momento questiono as sombras que pesam sobre esta balança e se ela esta pendendo para o lado correto. Minhas respostas para minhas próprias perguntas não existem no momento, é esperar o tempo amadurecer nossas mentes, minhas respostas ainda são perguntas.
O verdadeiro Longboard terá vida longa? Afinal o que é o verdadeiro Longboard? Quem são os verdadeiros personagens do Longboard? Como será, e aonde estará o Longboard décadas á frente?
