quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

[Opinião] Tommy Guerrero X Eric Jensen

Sempre que vejo vídeos como este de Eric Jensen me lembro do estilo e da forma que o skate era nos anos 80. Para aqueles que não viram nem viveram, isso tudo pode ser novidade, mas não é! Cenas como estas de Eric descendo as ladeiras de São Francisco já foram feitas muitas vezes por um skate hero chamado Tommy Guerrero. O estilo de Tommy descer ladeiras sempre foi um marco para mim, conjugando o que chamamos hoje de freeride e freestyle como poucos naquela época, e até hoje.

Esta é mais uma amostra que o skate do passado e do futuro vem se encontrado esquina após esquina, ladeira após ladeira. Independente da evolução tecnológica dos materiais, assim como na música, o skate absorve referencias e faz sua releitura.


Infelizmente ao meu ver estamos vivendo um momento de muita repetição em se tratando de estilo e modalidade. Talvez pela facilidade de informação e referencias estamos apenas reproduzindo uns aos outros. Skaters com personalidade e estilo próprio estão cada vez mais difíceis de encontrar, assim como video makers capazes de criar um olhar diferente sobre o mesmo objeto.

Alguns conseguem marcar uma época porque tem coragem de experimentar o diferente, de serem os primeiros a correr contra o fluxo. Tommy é um exemplo de quebra de paradigma em uma época já amplamente dominada por parques, piscinas e halfpipes. Era aonde as principais marcas estavam, era aonde o dinheiro estava. 


Ironicamente nos dias de hoje o Longboard é dominado pelas modalidades de ladeira. São nas ladeiras que as apostas estão sendo feitas e é aonde vemos os principais atletas e marcas dividindo as fatias do grande bolo comercial.

Desejo que a cada dia apareçam mais pessoas dispostas a quebrar a estrutura estabelecida, desejo que o skate consiga criar e recriar mais personalidade e menos clones. Para isso penso que existe uma única saída, andar de skate por mais amor e diversão, e menos por dinheiro e status.